quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Ai se sêsse!
Ai se sêsse!
Se um dia nóis se gostasse,
se um dia nóis se queresse
Se nóis dois se empareasse,
se juntinho nóis dois vivesse
Se juntinho nóis dois morasse,
se juntinho nóis dois drumisse
Se juntinho nóis dois morresse,
se pro céu nóis assubisse
Mas porém se acontecesse que São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tolice?
E se eu me arriminasse,
e tu com eu insistisse pra que eu me arresolvesse,
e da minha faca puxasse,
e o bucho do céu furasse?
Tarvez que nóis dois ficasse,
tarvez que nóis dois caísse
E o céu furado arriasse,
e as Virge todas fugisse
Severino de Andrade Silva
(o poeta Zé da Luz)
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