domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sob as lentes de Autumn Sonnichsen


Não há limites para as lentes da fotógrafa Autumn Sonnichsen. Uma sala de cirurgia, um terreiro de candomblé, as belas modelos e celebridades, os tipos comuns e o feioso minhocão. Cavalos em movimento, mulheres nuas em cima de cavalos, ou trepadas em árvores, coqueiros e até em cima de uma vitória-régia. Nada a reprime quando o assunto é foto. Numa entrevista com Amaury Jr., deixou o apresentador corado quando sugeriu que ele se despisse para fotografá-lo. Com jeito delicado e doce, conquista a todos. Fotografa para as mais importantes revistas masculinas brasileiras. Autumn nasceu em Los Angeles, mas fala um português quase perfeito, apesar de ser americana. O lance com a foto começou na adolescência. Aos 14, 15 anos, resolveu fazer um curso básico. Aos 16, terminou o colégio e foi estudar história da arte. Um ano mais tarde, pegava a estrada. Foi para Paris, depois Berlim e, então, África do Sul. Um dia, ouviu de um fotógrafo: “O mais importante é descobrir seu tipo de mulher. É através do seu tipo de mulher que você encontra sua linguagem.” Autumn sempre soube qual era o seu tipo de mulher. E sempre soube do que gostava em fotos, pinturas, imagens. Ela curtia os nus pintados por Ingres e Courbet, as cores das telas de Rothko, as fotos de Edward Weston e Eikoh Hosoe, os textos de Yukio Mishima. Hoje, quando fala de fotografia, cita nomes como David LaChapelle, mas não se preocupa muito com o que os outros fazem. Nunca se preocupou. Autumn curte textura, detalhe, sutileza. E há frequentemente algo fora da ordem nas imagens que ela faz. "Gosto que a fotografia seja como um sonho, uma situação que até pode ser real, mas com alguma coisa ali que te lembra que é sonho" – explica. Ela fotografa o fashion e o sexy. Se interessa pelas porn stars em deshabillé, modelos caindo de cansadas em aeroportos, prostitutas tomando o café-da-manhã após uma noite de trabalho, as sobras da mulher que possui uma vida hipersexual. Vive desde 2005 entre Nova Iorque e o Brasil. Quando não está fotografando, gosta de tomar um martini, ouvir Dolly Parton e ficar na cama, sobras da mulher que possui uma vida hiperativa.








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