Localizada no estado de Pernambuco, Olinda é uma das mais antigas cidades brasileiras, tendo sido fundada (ainda como um povoado) em 1535 por Duarte Coelho. Revive o esplendor de seu passado todos os anos durante o Carnaval, ao som do frevo, do maracatu e outros ritmos pernambucanos. Há bonecos gigantes, nos quais cabe um homem apenas em suas pernas para ampará-lo; blocos carnavalescos, com temáticas variadas, de grupos variados, geralmente acompanhados de orquestras de frevo, e/ou percussionistas de maracatus; é costume dos jovens molhar os transeuntes com pistolas d'água; vários grupos também se fantasiam, seja qual for o personagem, em geral com a intenção de chamar a atenção para si, fazer uma crítica social, animar com brincadeiras, e atrair parceiros. Olinda também detém o título de Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade desde 1982 pela UNESCO.
Esse ano resolvi fazer um day-use na Pousada dos Quatro Cantos, um casarão do século 19 que mantém piso e ladrilhos originais, além de vários objetos de arte e antiguidade espalhados pelos aposentos e áreas comuns, tudo combinando com o que Olinda representa. A taxa de R$ 150,00 para homens e R$ 120,00 para mulheres incluía bebida e comida à vontade, maquiador, massagista e shows carnavalescos num palco improvisado.
A originalidade do Carnaval de Olinda é sempre uma constante. Esse ano fui surpreendido mais uma vez pois, mesmo morando em Recife, fazia anos que não vinha. Tenho estado cada vez mais distante do agito, do sol escaldante e do empurra-empurra. Mas, confiado na estrutura da pousada, arrisquei e valeu muito a pena. Da sacada, presenciei várias momentos de pura irreverência: 3 mosqueteiros que improvisaram suas fantasias com cortinados para insetos, um bloco de rua formado apenas por mulheres: Conxitas (antecipando o Dia Internacional da Mulher, que é amanhã), um casal fantasiado de burrinho, a-la-ursas e o Boi Estrela (que se apresentou no palco da pousada), dentre outros que o iPhone não fotografou!
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