sexta-feira, 29 de abril de 2011

Certidão de nascimento de Obama expõe herança de ódio racial nos EUA

Como escreveu David Remnick na revista "The New Yorker", dois anos depois das eleições, há ainda gente nos Estados Unidos que não se conforma que um negro esteja presidindo o país. E Remnick completa : o que Donald Trump fez foi um ato consciente de incitação ao ódio racial ( "a conscious form of race-baiting").

Mas é possível refletir numa perspectiva mais longa, mais enraizada na história dramática e gloriosa dos Estados Unidos: 150 anos depois do início da Guerra da Secessão que ensanguentou o país e eliminou a escravidão no Sul, um segmento expressivo do eleitorado americano ainda dá livre curso a manifestações explícitas de ódio racial.


A publicação pela Casa Branca do certificado completo de nascimento de Barack Obama parece uma atitude desproporcional. Como duvidar, nesta altura dos acontecimentos, da autenticidade de documentos verificados e comprovados na sua carreira de professor universitário e nos registros dos mandatos eleitorais que ocupou desde 1997 até agora, no Senado de Illinois, no Senado Federal e, finalmente, na presidência do país?

Segundo os jornalistas de Washington, esta foi uma das únicas vezes em que Obama, conhecido por sua calma, pareceu irritado ao falar em público. Na realidade, como a maioria dos observadores políticos, Obama sabe que a campanha dos "birthers", através do questionamento de sua nacionalidade, procura deslegitimar e, eventualmente, invalidar sua eleição à presidência

O grande FAIL do Estabilishment americano: Obama. Yes, he could!



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